sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O Camelo

Uma mãe e um bebê, camelos, estavam por ali, à toa, quando de repente o bebê camelo perguntou:

- Mãe, mãe, posso te perguntar umas coisas?
- Claro! O que está incomodando o meu filhote?
- Por que os camelos têm corcovas?
- Bem, meu filhinho, somos animais do deserto, precisamos das corcovas para reservar água e por isso mesmo somos conhecidos por sobreviver sem água.
- Certo, e por que nossas pernas são longas e nossas patas arredondadas?
- Filho, certamente elas são assim para permitir caminhar no deserto.

Sabe, com essas pernas eu posso me movimentar pelo deserto melhor do que qualquer um! Disse a mãe, toda orgulhosa.

- Certo! Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles atrapalham minha visão.
- Meu filho! Esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para os olhos. Eles ajudam na proteção dos seus olhos quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto! Respondeu a mãe com orgulho nos olhos..
- Tá. A corcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto, as pernas para caminhar através do deserto e os cílios são para proteger meus olhos do deserto. Então, o que é que estamos fazendo aqui no Zoológico???

Moral da história:

"Habilidade, conhecimento, capacidade e experiências, só são úteis se você estiver no lugar certo!"

(Onde você está agora?)

A Flauta Mágica

Era uma vez um caçador que contratou um feiticeiro para ajudá-lo a conseguir alguma coisa que pudesse lhe facilitar o trabalho nas caçadas. Depois de alguns dias, o feiticeiro lhe entregou uma flauta mágica que, ao ser tocada, enfeitiçava os animais, fazendo-os dançar.

Entusiasmado com o instrumento, o caçador organizou uma caçada, convidando dois outros amigos caçadores para a África.

Logo no primeiro dia de caçada, o grupo se deparou com um feroz tigre.

De imediato, o caçador pôs-se a tocar a flauta e, milagrosamente, o tigre que já estava próximo de um de seus amigos, começou a dançar.

Foi fuzilado a queima roupa. Horas depois, um sobressalto.

A caravana foi atacada por um leopardo que saltava de uma árvore.

Ao som da flauta, contudo, o animal transformou-se, ficando manso dançou.

Os caçadores não hesitaram e mataram-no com vários tiros.

E foi assim, a flauta sendo tocada, animais ferozes dançando, caçadores matando.

Ao final do dia, o grupo encontrou pela frente, um leão faminto.

A Flauta soou, mas o leão não dançou.

Ao contrário, atacou um dos amigos do Caçador flautista, devorando-o.

Logo depois, devorou o segundo.

O tocador, desesperadamente, fazia soar as notas musicais, mas sem resultado algum.

O leão não dançava.

E enquanto tocava e tocava o caçador foi devorado.

Dois macacos, em cima de uma árvore próxima, a tudo assistiam. Um deles "falou" com sabedoria: - Eu sabia que eles iam se dar mal quando encontrassem o surdinho.

Moral da História:

· Não confie cegamente nos métodos que sempre deram certo: Um dia podem falhar...

· Tenha sempre planos de contingência.

· Prepare alternativas para as situações imprevistas.

· Preveja tudo que pode dar errado e prepare-se.

· Esteja atento às mudanças e não espere as dificuldades para agir.

"Cuidado com os leões surdos".

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O SURDINHO

A meninada toda estava na rua. Como era divertido brincar com o surdinho!
- Sur – di – nho! Sur – di – nho!
- Chamavam .
E batiam nele de um lado e de outro. O menino surdinho ficava até tonto.
Os garotos ás vezes caçoavam tanto nele, mas tanto, que o surdinho corria pra casa, chorando, chorando.
Um dia os meninos abusaram demais. Chegaram até a lhe dar tapas, pisar nos pés, beliscar e empurrar com tanta
força que o surdinho até caiu no chão.
Ele queria ir para casa, mas não podia... os moleques o agarravam...
Assim que conseguiu escapar, fugiu, deixando os moleques rindo e caçoando dele.
Mamãe. – vocês sabem como são as mamães – logo percebeu que alguma coisa não ia bem. Correu e abraçou o Surdinho.
- Que foi, filhinho, que foi?
Ele também abraçou a mamãe e chorou muito, muito. Depois enxugou os olhinhos, ameaçou um sorriso, jogou um beijo para a mamãe e saiu. Ela estava fazendo o almoço e com gestos falou que ele não se demorasse.
A mamãe ficou em casa com um aperto no coração.
Surdinho passou escondido pela rua. Quando viu um menino, entrou num jardim até que o garoto sumiu. Olhou dos lados e não viu ninguém. Começou a correr, até ficar muito cansado. Daí começou a andar devagar. Estava tão distraído que nem sabia por onde andava. Seu coraçãozinho estava muito apertado. Ele já estava fora da cidade. É muito longe não???
De repente, Surdinho viu o trilho do trem. Começou a andar nele e a se equilibrar. Pulava nos paus que seguravam os trilhos. Achou tão gostoso brincar ali, sozinho, que até começou a sorrir. E pulava, pulava e ria bastante. Era a primeira vez que isso acontecia.
Sua mãe, lá em casa ficou aflita, e cada vez mais aflita. Lembrou-se do Surdinho, da sua tristeza, e pensou:
- Está acontecendo alguma coisa com ele. Saiu correndo para a rua. Viu os meninos brincando.
- Hei? Sabem do Surdinho?
- Ele não está em casa?
- Não, ele saiu e não voltou. Ajudem-me a procurá-lo.
Surdinho continuava correndo pelo trilho, rindo, rindo.
- Piuiiiii... Apitou o trem, lá longe.
A mamãe do Surdinho ouviu aquele apito e gritou:
- O trem, o trem!
Ela correu em direção à linha do trem. Os meninos foram atrás.
- Piuiii... Apitou o trem mais forte, mais perto.
De longe a mamãe viu o Surdinho brincando, pulando, pulando e o trem se aproximando.
As crianças começaram a gritar. Ficaram desesperadas. Queriam passar na frente do trem.
- Surdinho! Surdinho! Gritavam... Mas ele não ouviu nada, nem mesmo o apito do trem.
A sua mamãe chorando, gritou: - filhinho!
O maquinista do trem viu o menino, tentou brecar, mas não deu tempo...